segunda-feira, 16 de junho de 2014

Não depositemos esperança no dinheiro, no poder e na vaidade, diz o Papa.

Francisco referiu-se a corruptos e pessoas que lucram com o tráfico humano, pedindo que o temor de Deus os ajude a ver que, um dia, deverão prestar contas ao Senhor.

Nesta quarta-feira, 11, o Papa Francisco encerrou o ciclo de catequeses sobre os dons do Espírito Santo com uma reflexão sobre o temor de Deus. O Santo Padre esclareceu que esse dom não significa ter medo de Deus, mas recordar como o ser humano é pequeno diante do amor divino.

Francisco explicou que esse dom do Espírito Santo ajuda o homem a se reconhecer como filho amado e, ao mesmo tempo, consolida sua confiança e sua fé, porque o faz ver como sua vida está nas mãos do Senhor. O temor de Deus, então, assume a forma da docilidade, do reconhecimento e do louvor.

“O temor de Deus abre nosso coração, nos faz tomar consciência de que tudo vem da graça e que a nossa verdadeira força está unicamente em seguir o Senhor Jesus e deixar que o Pai derrame sobre nós a Sua bondade e a Sua misericórdia”.

Entretanto, o Santo Padre ressaltou que esse dom do Espírito Santo funciona também como um “alarme”: quando uma pessoa vive no pecado e explora os outros pensando só em si, o temor de Deus lança o alerta de que isso não lhe trará felicidade.

“Ninguém pode levar consigo algo para o outro lado. Somente poderemos levar o amor que o Pai nos dá, os carinhos de Deus aceitos por nós com amor, e aquilo que fizermos aos outros. Cuidado! Não depositemos esperança no dinheiro, no poder e na vaidade. Essas coisas não podem nos prometer nada”.

Francisco citou como exemplo as pessoas que têm responsabilidade sobre as outras e, mesmo assim, se deixam corromper. “Vocês acreditam que um corrupto será feliz do outro lado?”, perguntou o Papa à multidão, respondendo que o fruto da corrupção corrompe também o coração.

O Pontífice citou ainda as pessoas que lucram com o tráfico de seres humanos, exploram os outros e os que fabricam armas para fomentar guerras. “Pensem que profissão é essa! Estou certo de que aqui não há fabricantes de armas, porque essas pessoas não vêm para ouvir a Palavra de Deus. Fabricam a morte, são mercantes de morte. Que o temor a Deus lhes faça compreender que, um dia, tudo acabará e deverão prestar contas ao Senhor”.

Saudações papais

Como de costume, antes da catequese Francisco percorreu a Praça São Pedro de papamóvel saudando os peregrinos reunidos para a audiência geral.

Como hoje foi uma dia quente no Vaticano, 30º, o Papa cumprimentou os enfermos dentro da Sala Paulo VI, também antes do início do encontro público.

“Pensamos que fosse melhor para vocês aqui, mais tranquilo, um pouco mais fresco. E não sob aquele sol que cozinha”, disse Francisco depois de cumprimentá-los pessoalmente.

Fonte: Canção Nova

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