sexta-feira, 28 de maio de 2010

Miserícordia, Senhor!

Jesus estava com fome, foi a uma figueira e esta não tinha frutos. Então foi amaldiçoada, secou e morreu. (Mc 11, 11-14.20-21).

Assim acontece com aquele que esconde os talentos para si, que não se doa e que vive a atrapalhar a quem faz. A dureza do Senhor para com a figueira reflete o que acontece em pessoas, em grupos, em movimentos que nada fazem e apenas atrapalham a obra de Deus.

Hoje a Palavra do Senhor nos exorta a rever nossas atitudes, nossos pensamentos e nossos sentimentos. Que tudo seja para dar bons frutos em abundância. Que seja no amor mútuo, na fé e na força que vem do Alto. Que seja doação, sem interesses, e no respeito ao outro. Assim sendo estaremos diante daquilo que Deus quer de nós: sermos canais de sua graça.

Peçamos agora a coragem de ir além de nós mesmos, o comprometimento com a obra e a alegria de servir ao Nosso Senhor.

Misericórdia para todos nós, Senhor!

2 comentários:

  1. Uma passagem que nos levar a refletir o que somos.
    O que sou como pessoa faz somar no meio onde eu vivo?
    Jesus estava com fome, foi a uma figueira e esta não tinha frutos. Então foi amaldiçoada, secou e morreu. (Mc 11, 11-14.20-21).
    Jesus tava com fome, hoje também temos muitos Jesus no meio de nós. Jesus bate na porta do nosso coração desfigurado pela crueldade do egoísmo exacerbado individual e coletivo. Nossa sociedade é uma grande máquina produtor de figueiras amaldiçoadas. Incentivador da busca pelo consumo como formula da felicidade. O sujeito entra na paranóia da concorrência. Nessa selva a lei é o individualismo. O importante é a minha felicidade. Tudo é centrado no “EU”, o coletivo só tem seu valor quando o meu ‘Eu’ é beneficiado. Para chegar ao meu objetivo tanto sonhado tenho que eliminar valores éticos morais.A final de conta na selva só sobrevive quem sabe jogar,a vida vira um grande jogo e tenho que ser mais forte do que meus adversários. Um bom exemplo clássico disso é o programa de TV Bib Brother. Tudo em nome da felicidade. Tudo em nome do ser, ter e possuir. As teorias são passada de uma maneira light e sedutora através dos meios de comunicações, levando o sujeito a se condiciona. Nós Católico também caímos nesse conto. Comungamos o Cristo e fazemos do nosso grupo de oração, nossa Comunidade de Base ou de leigos consagrados, nossa pastoral, nosso movimento, nosso ministério de musica, ou seja, lá qual for um lugar para individualismo e guerra de concorrência de quem é o melhor. Já existe no meio de nós o troféu para o melhor cantor e quem vendeu mais e faz maior sucesso. Em mim fica o questionamento se Jesus entregaria troféus? e se entregaria quem ele escolheria, que méritos Ele ia usar para mensurar o ganhador? Ficamos cegos, e deixamos de viver a força criadora da “FRATERNIDADE “ e “SOLIDARIEDA” como meio de transformação social.Perdemos tempo e deixamos de ser Igreja ativa. Contribuímos para uma Igreja que seus frutos são maldiçoados. Como não somos máquinas e sim seres humanos caímos na realidade de que “Somo seres Faltantes” como dizia Lacan. O ser, ter e possuir não me alimenta. Os valores faltantes se transformam em fome.
    Temos fome de atenção, acolhimento, escuta sinceridade, fidelidade, amizade, bondade, aconchego, fraternidade e amor. Fome também do pão e de tudo que é básico para sobrevivência humana. Jesus está no meio de nós famintos dos nossos sentimentos transformados em atos.
    Cada um pode responder que frutos estão produzindo. O maior fruto que podemos produzir brota da essência, e é tão simples cultivá-lo. Basta queres ser fruto de vida nova. Basta abrir o coração e deixar esse Jesus
    Sobre em mim o seu sentimento de amor. Basta chegar perto desse Jesus que só sabe amar. Basta partilha o pouco que tem. Basta deixar o individualismo e ter a consciência que a Igreja é para todos.E todos tem seu valor dentro dela. Quem brilha mais dentro não é o meu “EU “ , a minha comunidade,minha Pastoral,meu ministério e sim O CRISTO que brilha de amor por todos .

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  2. Caríssimo anônimo, amei suas palavras. Nós critãos católicos temos que acordar de nosso conformismo religioso. Não ter mêdo de falar a verdade e de profetizar a um mundo caótico que só vê a sua própria existência. Temos que nos lançar na Revolução do Amor, onde o que importa é amar como Jesus amou. Deus abençoe!

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