quinta-feira, 30 de agosto de 2012

ESCOLHER OS CANDIDATOS


Não acontece apenas com os partidos políticos; dá-se o mesmo em igrejas, repartições, sindicatos e clubes. Mas em alguns casos chega a ser chocante. Os candidatos apresentados não reúnem as mínimas condições de, eleitos, cumprirem sua missão. É como nomear professor de português alguém que não sabe ler nem pronunciar corretamente, ou chamar um deficiente visual para dar aulas de golfe.

É o que aconteceu no passado e acontece em todas as campanhas eleitorais. Apresentam-nos candidatos sem currículo suficiente para nos representarem. Eles sabem por que concorrem e os partidos sabem por que os indicam. Visibilidade e notoriedade podem ajudar na somatória de votos. Se por um lado é sinal de democracia que qualquer brasileiro possa apresentar-se para um dos sete postos em questão, por outro, há que exigir o mínimo necessário para que alguém se vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente. Legislativo ou executivo, deles se espera que tenham estudado o suficiente a nossa realidade e nossas leis para que possam ser chamados de nobres colegas, ou senhores presidentes ou governadores.

Eu vi e você viu o desfile dos candidatos a nós apresentados pelos partidos políticos. Se servem para eles, não servem para a maioria dos cidadãos. Colocados lado a lado num debate seriam capazes de responder às perguntas do povo sobre assuntos de legislativo e executivo? Foram preparados? Estudaram o suficiente para nos representarem?

Isto dizem os cidadãos. E os crentes mais sérios e mais exigentes, o que dizem dos seus sacerdotes, pastores e pregadores? Estão preparados para falar ao povo em nome de uma fé milenar ou secular? Conhecem o suficiente para ir além da Bíblia? E basta ter lido a Bíblia para, por conseguinte ser conselheiro e líder de comunidade? Não entram nesses ministérios questões de sociologia, psicologia, antropologia, teologia e filosofia? Ou basta dizer que está na Bíblia? Basta conhecer o livro sem conhecer a alma humana? Você confiaria num homem de avental branco que se diz cardiologista, mas aprendeu apenas a fazer curativos?

Igrejas, clubes e partidos, às vezes, na falta de bons candidatos aceitam pessoas inadequadas para a função. Lembram hospitais que, na falta de cirurgiões, anestesistas e instrumentadores chamam o porteiro para auxiliar nas cirurgias. Liderança não se improvisa. Mas é o que tem acontecido. Às vezes alguns deles são eleitos ou ordenados. E, por conta disso, o povo se decepciona com a política e a religião.











Fonte: Padre Zezinho

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Raphael, uma história de vida!


Uma história de vida!

Raphinha, meu neto tão esperado, foi rejeitado pelo pai e desenganado pelos médicos em vários momentos de seus difíceis oito meses de gestação. Em nenhum momento nós deixamos de acreditar na Vida...

Nasceu prematuro no dia 21 de dezembro de 2011, depois de muita burocracia dos planos de saúde e medo dos médicos em assumir os riscos de uma gravidez complicada. Viveu doze dias dentro da UTI, sem muito acesso a quem gostaria muito de pegá-lo nos braços, beijá-lo e demonstrar todo amor e carinho. Mesmo assim nos mantemos firmes em acreditar na Vida...

No dia 2 de janeiro não resitiu a cirurgia cardíaca e o mundo desabou para todos nós. Um misto de dor, revolta e desencanto tomou conta de todos, pois Raphinha tinha-nos deixado...

Será que valeu a pena acreditar na Vida?

Nos momentos difíceis nossa fé é provada e amadurecida. Tudo parece perder o sentido e é humano ter dúvidas e dor. Percebi que Deus, nesta condição, entende nossa revolta e se junta a nossa dor. Pois tudo vai tomando forma com o tempo, com as lágrimas e com cada amigo, familiar ou desconhecido que Deus coloca à nossa frente.

Nestes dias aprendi que temos que viver intensamente cada momento de dor, derramar todas a lágrimas possíveis e falar tudo o que vier ao coração ou à mente: isso tudo é um bálsamo para a alma atormentada.

À noite recebi o corpinho do meu anjo sem vida e, com o coração apertado, tive que vesti-lo para apresentar a todos. Foi só neste dia que pude tê-lo em meus braços, beijá-lo e falar tudo que sentia por ele. Esse momento será inesquecível para mim.

Raphinha mostrava serenidade e paz no seu semblante e pude perceber cada detalhe e semelhança em nossa família. Fechar seu caixãozinho, levá-lo até seu sepulcro e colocá-lo lá foi uma sensação jamais sentida por mim e devo levá-la para eternidade.

Agora, ao escrever essas linhas, pude perceber que a missão do meu anjo Raphael foi cumprida. Ele nos ensinou a amar sem medidas, a estarmos sempre juntos e acreditar sempre na vida, mesmo que o desfecho não seja como nós o queremos.

Raphinha comoveu, ensinou e deixou saudades a muita gente e ainda vamos ouvir muitos testemunhos da sua missão aqui na terra.

Valeu, meu Anjo Raphael. Te amamos muito e sempre!


sábado, 11 de agosto de 2012

Meu pai, minha vida...


A lembrança mais antiga que tenho do meu pai era ele sentado numa cadeira de balanço mexendo no seu rádio de ondas curtas e eu brincando no chão sozinho, enquanto minha mãe cuidava dos afazeres. Era noite e chovia e eu não conseguia entender nada do que tocava naquele rádio - eram rádios do mundo inteiro que ele ficava fascinado quando sintonizava uma frequência nova...

Meu pai é potiguar e minha mãe era paraibana. Meu pai é um homem muito simples, dedicado a família e muito religioso. Eu, sou o primogênito de cinco filhos de uma família genuinamente protestante.

Herdei o nome do meu pai, Paulo e muitas de suas características, mas era o mais difícil da família. Constantemente fugia para assistir televisão na casa do vizinho, porque era proibido pela igreja naquela época. Eu tinha medo quando meu pai ia me buscar, não porque me batia, coisa que ele nunca fez, mas pelo seu olhar de reprovação e do seu silêncio que durava dias. Isso machucava mais do que uma surra bem dada.

Hoje eu entendo muito bem o motivo daquele silêncio: a frustação de me ver cair sempre no mesmo erro. Eu me sentia péssimo por isso, pois ele não merecia, mas era muito orgulhoso para pedir perdão...

Sempre era a minha mãe, que se chamava Maria, quem intercedia por mim. Bastava poucas palavras e meu pai esquecia tudo e me trazia um presente no dia seguinte. Interessante isso, pois eu é quem deveria presentea-lo, mas isso são coisas de pai!

Meu pai não era de muita conversa e não tinha presença em muitas coisas importantes da minha vida, pois passava a maior parte de seu tempo trabalhando. Afinal ele tinha mesmo que cuidar de uma esposa e cinco filhos apenas com um salário mínimo, mesmo assim nunca passamos fome, nem ficamos sem teto, estudamos e nunca desrespeitamos nossos pais.

Quando fiz sete anos meus pais se afastaram da igreja e ficamos todos a favor dos ventos deste mundo, cada um por si, por mais de trinta anos. Um dia conseguimos passar o Fim de Ano todos juntos e, ao longo deste ano, retornamos à casa do Pai Nosso: eles para a igreja protestante e eu me encontrei com a igreja católica.

Após meu batismo crisma eu tive uma conversa franca com meu pai sobre a minha opção religiosa e para, minha surpresa, ele me disse: Relaxe meu filho, a Igreja Católica tem Deus. O importante é você estar feliz, mas procure nunca decepcionar Jesus, se o fizer não espere somente que sua Mãe Maria interfira por você...

(Crônicas de um sonhador - Paulo Deérre)

sábado, 4 de agosto de 2012

Aos meus pastores com carinho!



Revendo as fotos da minha história, deparo-me com algumas pessoas que deixaram algum legado na minha vida. Uns de forma rápida e intensa, outros duradoura e profunda. 

Com eles vou conhecendo as minhas fraquezas, os meus talentos e vou aprendendo a amar o outro e a me valorizar. Através deles chego mais perto de Jesus e de Maria e a cada um que conheço aprendo uma nova lição.

Para mim eles não 
são somente padres, mas pais, irmãos, anjos, pastores e amigos, tudo junto e misturado.

Neste dia quero render graças a Deus por todos os padres deste mundo e em especial àqueles que o Senhor colocou na minha vida.

Saúde, força e paz!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Uma vez Dom de Resgate sempre será Dom de Resgate!

Sabe o que mais amo na missão que Deus me confiou é ver um jovem se voltando pra Deus, acredito que porque fui um adolescente inconsequente... 

Conhecer Jesus aos 35 anos de idade foi uma experiência que me fez retornar no tempo. Foi quando Deus me deu um dom: ser pai, irmão e amigo da juventude. 

Mas não foi fácil, pois os jovens que o Senhor me enviava eram os que ninguém queria: os rebeldes, os desobedientes, os sem-futuro, etc. Logo percebi que eles eram iguais a mim quando jovem e era para entendê-los e os acolher. 

Tenho um método de agir com eles que muitos ainda não entendem: deixo-os bem a vontade para conhecer Jesus do jeito como cada um é e não os obrigo a nada, mas os ensino com meu testemunho e meu amor. Com exemplo levo cada um a repensar seus atos e pensamentos.

O Dom de Resgate surgiu com esta metodologia e, talvez isto tenha sido a causa de tantas contrariedades e de tantas portas fechadas. Mesmo assim nos armamos com a a Fé no Deus que ama a todos sem exceção, na Força do Espírito que nos levanta e a na União: o que Jesus tanto ensinou.

Ser DR é ser verdadeiro, é ir ao outro sem rótulos e sem preconceitos. É levar a Palavra a quem mais precisa e se lançar em águas mais profundas, sem receio de se afogar, porque acreditamos que Jesus estenderá sua mão sempre para não afundarmos.

Nunca deixamos de ser DR porque o lugar onde plantamos a semente do amor é no coração dos jovens e eles a levam para onde forem!

Deus abençoe o Dom de Resgate!